Dengue: vacina pode levar 8 anos para reduzir transmissão
O Brasil tem, atualmente, mais de 2 milhões de casos confirmados em 2024
São José dos Campos (SP), quinta-feira, 28 de março de 2024, por Marcos Eduardo Carvalho – A vacina contra a dengue poderá levar até 8 anos para reduzir a transmissão da doença. A previsão foi feita nesta quinta-feira (28) pelo diretor-geral da Opas (Organização Pan-americana da Saúde), Jarbas Barbosa, se referindo às Américas.
Segundo ele, com a estratégia atual, a redução da transmissão poderá ter essa demora. Inclusive, no início do ano, quando começou a vacinação, também já houve polêmica pelo Governo Federal não mandar imunizantes para algumas cidades com muitos casos da doença.
“É importante ressaltar que a vacina que está disponível é uma vacina de duas doses e que precisa de três meses entre uma dose e outra. Ou seja, a vacina não é uma ferramenta para controlar a transmissão neste momento”
Vacina da dengue com capacidade limitada
Apesar de todas as polêmicas, o fato é que o laboratório japonês Tateka, que fabrica a vacina Qdenga, tem uma capacidade limitada de produção. Por isso, o secretário da Opas voltou a destacar que eliminar os focos de criadouros da dengue é a principal forma de se evitar a doença.
Especialmente durante o período de maior calor, os focos de proliferação da dengue são grandes. Por exemplo, lugares com mato alto, água parada em vasos, pneus e piscinas se tornam uma preocupação para as autoridades.
Isso porque é nesses lugares que o mosquito Aedes aegypt deposita suas larvas. Por isso, houve essa situação de emergência e quase epidemia no Brasil em 2024, além de outros países vizinhos na América do Sul, como o Peru.
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Eficácia pode ser limitada
Jarbas Barbosa ainda comentou na entrevista coletiva que a eficácia da vacina pode ser limitada para sorotipo 3. Isso porque houve o levantamento quando os casos estavam em baixa.
Além disso, ele convocou os países das Américas a monitorarem os casos existentes de dengue. E ele ainda elogiou as vacinas do Butantan, em São Paulo, que ainda estão em fase de teste.
No caso, elas estão na fase 3, mas são de dose única, o que já ajuda bastante na eficácia contra o doença. Atualmente, o Brasil tem mais de 2 milhões de casos de dengue registrados em 2024.
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