Embaixador brasileiro vê urgência contra aquecimento global

São José dos Campos (SP), terça-feira, 19 de março de 2024, por Marcos Eduardo Carvalho – O embaixador André Aranha Corrêa do Lago, que também é secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, fez um alerta nesta terça-feira (19). Para ele, essa onda de calor que teve mais de 60º de sensação térmica no Rio de Janeiro serve para aumentar os cuidados com o aquecimento global.

Em entrevista à agência Brasil, o embaixador destacou que não se pode mais perder tempo em relação a isso. Ou seja, para ele, é essencial que os países do mundo todo se unam por ações concretas de combate ao problema, que já vem afetando o globo.

Tanto é que, desde o final do ano passado, o país já vem enfrentando ondas históricas de calor, cada vez mais fortes. Além disso, diversas tragédias com excesso de chuvas já aconteceram desde o ano passado, com cada vez mais gravidade.

Embaixador fala em senso de ‘urgência’

Durante a entrevista, o embaixador André Aranha destacou que esse calor extremo é um gatilho para o senso de ‘urgência’ do mundo. Afinal de contas, se continuar do jeito que está, os especialistas já advertiram que as mudanças poderão se tornar irreversíveis.

“Nós estamos experimentando fisicamente esses desafios. É óbvio que são péssimas notícias, mas, por outro lado, eu acho que elas têm um efeito psicológico muito importante para que todos nós comecemos a nos envolver mais em combater a mudança do clima”

Atualmente, ele também atua como negociador-chefe do Brasil para mudança do clima em fóruns internacionais. E a entrevista aconteceu após uma aula inaugural em um curso de pós-graduação na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

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Negociação e exemplo

Ainda na entrevista, o embaixador disse que o Brasil é um país que pode fazer pontes entre vários países. Até porque o Brasil, segundo ele, tem essa facilidade de ouvir os outros.

Ele também destacou, na entrevista, que o desmatamento é um problema praticamente único do Brasil dentro do G-20. Para ele, isso é um diferencial também.

Por fim, o embaixador André Aranha também lembro que os países precisam seguir o exemplo do Brasil nos biocombustíveis. E que o país sempre foi um pioneiro na busca por alternativas ao petróleo.